Um objeto de arte chamado livro.


Lançado em 2010 o livro "Radioactive" que conta a história do casal de cientistas Curie não teve versão para e-book. Pelo menos por enquanto. Um dos motivos é que esse livro é impresso de forma semi artesanal e com um projeto gráfico muito diferenciado.
Marie Curie nasceu no dia 7 de novembro de 1867 e seu trabalho entre outras foi muito grande na área da radiotividade. O autor do livro pensou em cada detalhe para homenagear os biografados e seu trabalho. As fontes usadas no livro foram desenvolvidas especialmente para ele, quase todas as páginas são ilustradas com o texto fluindo pelas curvas dos desenhos. A impressão usou uma técnica antiga a cianotipia que semelhante à heliografia produz imagens azuis. O livro como objeto cuja mensagem não pode ser separada da sua forma é um dos nichos que vão perdurar após a migração de tudo para e-books. No Brasil a Martins Fontes fez o livro "A Vida Secreta das Árvores"  que ganhou destaque pelo projeto gráfico, todo impresso em serigrafia e costurado a mão. Os Pop-Up books também podem entrar nesse nicho, mas não sei se conseguem competir com as animações de um iPad. Pelo trabalho de produzir e pelo mercado limitado esse tipo de publicação tende a ter edições menores e se torna obra de arte. Comprá-los dá o mesmo prazer de se comprar um quadro, e ainda temos a mesma chance de quem sabe ver o exemplar ir se valorizando na estante.

2 comentários:

Cia Faz e Conta disse...

Acho que enquanto ainda tiver gente que gosta de manusear livro, ele vai existir. Mas quando nossa geração ser for, só vão sobrar os livros obra de arte mesmo. É bem prático o e-book, não há como negar...

Georges disse...

Ana, sabe que já disseram que tem uma data para o último jornal impresso, eles calcularam que seria em 2050, mas acho que termina antes.