Vai abóbora, vai melão, vai melão vai melancia.



Em 2001 quando mudei para Campinas eu conheci uma senhora que fazia esculturas em vegetais e ganhava dinheiro com decoração de buffets. Já vi algumas dessas em churrascaria rodízio que eram a fina flor do brega, tem sempre um cisne de abóbora cercado de flores de beterraba e nabo, enquanto animais não classificados de cenoura nos encaram vesgos de feijão.

No caso da minha vizinha, devo ser justo, ela conseguia fazer algumas bem bacanas, nada de tartarugas de chuchu. Para mim é uma arte frustrante, pois imagino o trabalhão que dá e no final vai tudo para o lixo, deve ser pior que tentar escrever poemas com a sopa de letrinhas. As mandalas de areia tibetanas são outro exemplo desse tipo. Essas porém tem um sentido religioso, simbolizando a transitoriedade da vida material. O monge passa dias elaborando a mandala e depois a destrói. Claro que tudo documentado num filme para o Nat Geo HD , e fotografado em cada etapa para virar um livro de capa dura e sobre capa em papel couchê impresso na Itália e vendido para sustentar a transitoriedade da vida material.

Se alguém se entusiasmar com a ideia de esculturas em legumes pode clicar aqui e verá várias esculturas em abóboras morangas. Uma delas usei para ilustrar o post.

3 comentários:

Cia Faz e Conta disse...

Não seja maldoso com os tibetanos... É lindo e sério o trabalho deles. Ainda bem que alguém resgistra para termos acesso a essas belezas...

Inês Hötte disse...

Lembrei de uma baiana, que lá pelos anos 70 era feita em casa nos dias de festinhas...o corpo de beringela, brincos de anéis de cebola e muito mais!! Saudades daquele tempo criativo.

Georges disse...

Analú, não dá para não brincar com eles.
Inês, eu já vi uma super caravela de abóbora, cercada de peixes de sei lá o que.