Antes de criticar a Prefeitura pelas autorizações devíamos olhar primeiro para o péssimo tratamento matemático da matéria. Toda árvore, nasce, cresce e morre. Faz parte do ciclo de vida. Algumas duram 30 anos, outras 60 anos e algumas mais de 100. É claro que a cidade de SP deve ter muitas árvores velhas e mortas ou quase, árvores doentes, árvores que foram mal podadas, árvores que foram plantadas em lugares errados e hoje atrapalham fiação, calçadas, portões, etc. Então não dá para olhar o número 18mil e chegar a alguma conclusão. Temos que entender quantas foram replantadas, quantas estavam realmente condenadas, qual o total de árvores na cidade, qual a idade média das árvores de SP etc etc etc. A notícia prossegue com montes de números que não conseguimos associar um ao outro e que no final ficamos apenas com a sensação que a gestão de Meio Ambiente da Prefeitura está inadequada, mas como, quanto, e porque não fica claro. O número mais bacana da reportagem veio na frase "Esses balanços não levam em conta o corte ilegal de vegetação e o desmatamento de áreas ocupadas por favelas, o que inflaria o número para patamares mais impressionantes" ou seja, não tem número apenas um chute do que poderia ser. Ou seja jogar números na cara do leitor para criar impacto não me parece bom jornalismo. Mas não é à tôa, já que o cara que escolhe jornalismo normalmente não gosta de matemática.
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