O estado do Pará tem suas contas equilibradas. Isso na moderna teoria econômica é uma grande heresia, e provavelmente daí imaginam que vem todos os problemas de lá. Devo confessar que administro as minhas finanças pessoais ainda na velha premissa de evitar dívidas e somente gastar dentro da minha renda. Sou um renitente fora de moda que ainda se espanta que a solução para os problemas do Pará possa vir da divisão do estado em três criando um grande desequilíbrio nas contas. A criação de dois novos estados ali pode não resolver os problemas do estado mas certamente resolverá a vida de muita gente. Calculam que centenas de cargos politícos e outras centenas de cargos admnistrativos serão criados nesses novos estados, e aí a mágica estará completa. Em vez de um estado com contas equilibradas teremos três com contas desequilibradas. Fica claro então que o plesbiscito não é para aprovar a cisão do estado mas para implantar uma fábrica de cabides. Cabides de emprego, claro. Será que o povo do Pará votará a favor da divisão? Para o paraense a perspectiva de morar num estado falido cheio de cabides de emprego pode ser uma boa, pois no final do dia quem vai pagar a conta não são eles. O IPEA calculou que o Governos Federal terá que injetar muito dinheiro por lá. Dinheiro que, claro, foi arrecadado nos demais estados e servirão para sustentar o trem da alegria paraense. Pensando bem, não me surpreendeu terem chamado o Duda Mendonça para comandar a farra. Ele vai usar suas firmes posições ideológicas para alavancar a rendenção do estado dentro das premissas das modernas economias, quais sejam a de endividamento elevado, incapacidade de honrar seus compromissos e transferência da conta para outros pagarem.
O mais interessante de tudo é que o plebiscito se restringe a apenas ao povo do Pará e não aos outros milhões de brasileiros que vão pagar essa conta.
Alguém falou em madeireiras ilegais, invasão de terras indígenas, impunidade, assassinato de freiras, trafico de animais silvestres, mineração ilegal, grilagem, prostituição infantil? Não? Nem eu.
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