Estuprador de Barão Geraldo não é preso.

SP: preso suspeito de série de estupros na região da Unicamp

Barão Geraldo é um distrito bastante antigo de Campinas. Teve a sorte, ou azar, de ter sido escolhido para receber a Unicamp na década de 70 e assim começou uma grande mudança na sua ocupação. O projeto de urbanização do entorno da Unicamp foi bastante interessante, planejado para receber alunos e professores da instituição e os novos moradores que o comércio começou a demandar. A prefeitura de Campinas nos últimos 6 anos porém, vem sistematicamente agindo para reduzir a qualidade de vida no Bairro. Numa onda desenfreada de aprovação de condomínios a toque de caixa (nesse caso não me refiro ao tambor, mas à caixa do prefeito e sua esposa) o bairro se viu inundado de carros porém sem a infraestrutura para suportá-los. Dentro do mesmo espírito de redução de qualidade de vida a prefeitura tem aprovado o desmembramento de terrenos nas áreas da Cidade Universitária. Começou permitindo transformar 4 terrenos adjacentes em 5, na filosofia que onde comem quatro comem 5. Depois aprovaram transformar 3 terrenos em 4. Até mesmo há casos do milagre quase bíblico de transformar 2 terrenos em 3. O resultado pode ser visto comparando com os imóveis dos antigos moradores que fizeram o milagre inverso, comprando 2 ou 3 lotes e construindo apenas uma casa no centro cercada de jardins e árvores. O resultado é que o bairro está perdendo vegetação. Hoje mesmo, um construtor profissional daqui, desses que tem acesso ao sistema de aprovação de iniquidades e absurdos da prefeitura, está transformando 3 terrenos de 400 m2 em 4 terrenos com casas térreas que ocupam praticamente todo o solo disponível e já se foram algumas árvores nessa operação. Um paradoxo agora se apresenta revelando o perfil intrigante do atual comprador de imóveis no bairro. O novo proprietário de Barão Geraldo vem buscando um bairro arborizado, tranquilo, com pássaros e se muda para uma casa que ocupa todos os centímetros de um terreno minúsculo sem deixar uma nesga para jardinzinho. Nem mesmo uma samambaia na janela o sujeito põe. Mesmo com a operação caça prefeito que tem ocorrido por aqui a situação não muda, pois segundo consta os construtores continuam felizes já que o programa participativo de incentivo ao absurdo (ProPInA) continua rolando. E eu nem falei da ocupação irregular da mata ciliar do Rio das Pedras, do uso ilegal do entorno da Mata Sta Genebra, da aprovação de obras de grande porte sem o devido documento de impacto ambiental.

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